ANNE FRANK
Há tempos partilhei convosco as minhas leituras e
identifiquei “O Diário de Anne Frank” como sendo a leitura que mais me marcou.
Consciente do horror que foi a 2ª Guerra Mundial, não consegui ficar
indiferente aos horrores a que milhares de seres humanos foram sujeitos...
Entretanto, enriqueci o meu conhecimento sobre esse período
da História, com a oportunidade de visitar o refúgio da família Frank.
Estar lá, foi simplesmente arrepiante!
Quando entramos, lê-se: “Há
de chegar o dia em que esta guerra medonha acabará, há de chegar o dia em que
também nós voltaremos a ser gente como os outros e não apenas judeus!”(Anne Frank, 11 de abril de 1944)
Esse refúgio ficava no edifício onde o pai de Anne Frank,
Otto Frank, tinha a sua empresa. Nesse prédio existiam o armazém, numa única
divisão os escritórios, o depósito e nos anexos ficava o esconderijo, cuja
porta de acesso estava tapada por uma estante giratória.
“Durante o dia temos
sempre que andar levemente e falar sem barulho, porque não nos podem ouvir no
armazém” (Anne Frank, 11 de
julho de 1942)
“Durante o dia as
nossas cortinas não se podem abrir nem um centímetro” (Anne Frank, 28 de novembro de 1942)
O quarto de Anne Frank era estreito, escuro e muito frio.
“O pai trouxe toda a
minha coleção de postais de estrelas de cinema e de vistas, e eu
transformei-os, com cola e pincel, em lindos quadros para as paredes. Agora o
quarto tem um aspeto alegre.” (Anne Frank, 11 de julho de 1942)
Impressionante... na casa de banho, durante o dia, os
clandestinos evitavam usar a sanita e a torneira, porque a canalização passava
pelo armazém e os empregados não sabiam que havia gente escondida no edifício.
“Sst...pai, quieto,
Otto, sst...Anda cá, já não podes deixar a água correr. Anda devagar!” (Anne Frank, 23 de agosto de 1943)
"Uma excelente lição de vida!"... como o meu filho André deixou registado, no livro do Museu.