Claro, podemos deixar tudo na mesma, deixar que a rotina suavemente volte
a tomar conta da nossa vida. O verão pode não passar de um sonho, um efémero
intervalo no decurso dos dias que os outros, as coisas, ou simplesmente o
mundo, conduzem. De que terá então servido?
Podemos também encarar o recomeço como um desafio: oportunidade para
pormos em causa o que fazemos e o que somos. Diante da novidade, por mais
pequena que seja, somos convidados a reinventar-nos, com toda a bagagem que
trazemos connosco, e com a liberdade de tudo arriscar. Trata-se de um jogo
difícil: assumir a nossa história com a sua continuidade, e ao mesmo tempo não
nos deixarmos prender por nada. Para tal é preciso entregarmo-nos inteiros às
possibilidades do presente, encarar com alegria a diferença, sem deixar de
recorrer às forças que a experiência passada nos deu.
Em Setembro, há recomeços e recomeços… que o nosso seja a sério!
António Ary, sj
Sem comentários:
Enviar um comentário